31 de julho de 2009

Uma lição de vida

Eu passei a infância inteira querendo encher a cara porque queria imitar o Mussum.

Ou seja: sem ele, talvez eu nem tivesse conhecido a bebida.

Obrigadis, Mussum.

29 de julho de 2009

Twitter

O peito do pé do Pedro é preto. Quem disser que o peito do pé do Pedro não é preto, tem o peito do pé mais preto que o peito do pé do Pedro.

Gente, coube em 140 toques certinho. Enfim consegui descobrir pra que serve o Twitter...

27 de julho de 2009

O melhor emprego do Brasil

A partir do que eles mesmo dizem, os piores empregos do Brasil são de ator (tão duro que sempre precisam de 3, 4 meses de férias após cada trabalho) e cineasta (tão sempre sem grana, mas nunca vi um que sequer more na Tijuca).

Mas e o melhor, qual seria? Pra mim, é o emprego do Andrade, grande jogador do passado e atual auxiliar-técnico do Flamengo. Um cargo que, se fosse ele, não largaria de jeito algum.

Andrade trabalha na Gávea, ao lado do mar, da lagoa, num lugar rodeado de mulheres bonitas e, tão importante quanto, bem cuidadas, com tempo, dinheiro e academias pra isso.

Andrade tem, com todo mérito, o maior carinho da torcida. Nem sua curta passagem pelo Vasco o desgastou. Eu mesmo sou seu fã, pois o vi jogar.

Andrade, como auxiliar, não fica no alvo da imprensa. Não é chamado de burro, não precisa posar de babá de jogador que não sai de baile funk e termas.

Ou seja: ele tem isso tudo, deve ganhar muito bem (para os padrões normais, e não irreais do futebol), e ainda vai trabalhar com o uniforme do seu time do coração. Tromba, só se for no apelido.

Sinceramente, certo mesmo tava o Alcir Portela. Ser auxiliar é o que há.

Detalhe da foto: você acha esses megatimes da Europa bons? Perto desse aqui, são caricaturas de um time de futebol.

26 de julho de 2009

Rolandos Leros e a modernidade

A capa do Boa Chance do O Globo de hoje foi um dos maiores serviços que esse jornal já fez aos seus leitores. Quem não leu, leia. É obrigatório.

A matéria fala sobre uma das maiores picaretagens do mundo moderno: o eufemismo no universo das empresas. Um deles, por exemplo, é chamar funcionário de colaborador, como se o trabalho numa empresa não fosse remunerado ou coisa parecida. Ou chefe ser chamado de gestor, como se todos os favorecimentos, testes do sofá ou peixadas tivessem desaparecido.

É nesse festival de cretinices que o mundinho muderno corporativo se sustenta. São palavras onde faltam idéias e competência. Inclusive, deixo aqui uma sugestão de abertura-padrão para todas essas palestras de "gestores" de marketing ou RH: " - Amado mestre..."

Detalhe da foto: justiça seja feita, Rogério Cardoso fazia todo mundo rir, e não de palhaço...

24 de julho de 2009

A Dama no Vermelho

Falei embaixo do Steven Seagal mas quebrei a cara.

Acredite, esse bucho aqui é Kelly LeBrock, na sua forma atual. Que o Daniel, colega de trabalho, brilhantemente classificou como Suzana Vieira. Pra quem já se acabou por causa dela na adolescência, dói no coração ver isso.

De que peia o Steven se livrou...

Spencer, Bud Spencer

Falam de Chuck Norris, mas ele entrou no cacete quando encarou Bruce Lee.

Bruce Lee perdeu feio pra um comprimidinho de dor de cabeça.

Steven Seagal é foda mas nem tanto, porque não domou a Kelly LeBrock.

Jean Claude Van Damme foi bailarino. Não preciso dizer mais nada.

Até 007, que é o tal, precisa de um professor pardal.

Ou seja: só resta Bud Spencer.

Sem papagaiadas, gritinhos, tecnologias ou mentalizações, desceu a bordoada em quem apareceu pela frente. Seu repertório - apenas telefone e martelo - foi o suficiente pra derrubar qualquer um. E na dele, cumpriu seu papel, sem alarde ou encher o saco de ninguém.

Ave Bud.

Cervejinha

http://funtuna.blogspot.com/2009/07/drunk-people-yoga-positions.html

Pra quem acha que tomar umas cervejas com os amigos não é uma atividade zen, entre nesse blog e veja. Quero ver agora as mulheres reclamarem de seus maridos chegando de cara cheia em casa...

21 de julho de 2009

Sinal da cruz

Fernanda Abreu, Marcos Palmeira e O Sonho do Bruno Mazzeo era ser o Seinfeld.

Com uma lista dessa fazendo campanha pró-Vasco, bem "eu sou burguês mas eu sou artista", a torcida rubro-negra tem tudo para crescer ainda mais.

Nem Edmundo Santos Silva teria pensado em algo pior para prejudicar outro time e o próprio Flamengo. Credincruz de malta...

17 de julho de 2009

Solo le pido a Dios

Sabe porque eu fico zoando tanto, sacaneando a rodo as coisas? Primeiro, porque é bom pra cacete, sem maiores explicações. Segundo, mas principal, é por conta desse vitorioso projeto neoliberal, que contaminou o mundo de um jeito que nem mercúrio jogado em rio consegue.

Explico o dito: ontem eu ouvi uma música que ninguém mais novo conhece, a do título acima. A melodia é linda e a letra, se quiser ler, é mais ainda. Hoje, o seu contexto histórico - a busca nos anos 70 por uma sociedade mais socialista e menos capitalista - soaria como um delírio da dupla Wood & Stock. Tudo porque as gerações pós-ditadura perderam completamente a ideia do que seja projeto coletivo.

Não digo que todo mundo ficou do mal, é claro que não. Mas a noção de objetivos em comum, em qualquer âmbito que seja, está quase que inteiramente perdida. Só história triste em Jornal Nacional para mobilizar, e mesmo assim por duas ou três edições.

Como consequência disso, as frescuras, que sempre existiram, encontram o terreno perfeito para proliferar. Tomam conta dos cadernos culturais, dos bares, da música, do trabalho, de muita coisa. Uma viadagem sem fim. Aí, meu irmão, só zoando. E ouvindo músicas como essa pra imaginar que o mundo, quem sabe, pode ter salvação.

14 de julho de 2009

O sonho de __ era ser __ - parte 35

O sonho da Maitê Proença era ser a Lya Luft.

O sonho do Luis Salém era ser o Luis Fernando Guimarães.

O sonho do Lenny Kravitz era ser o Jimmy Hendrix, o Prince e, recentemente, o Led Zeppelin juntos.

Mais uma vez incluindo Niterói, o sonho da Boa Viagem era ser a Urca.

E o sonho da Estrada Fróes era ser a Avenida Niemeyer.

13 de julho de 2009

Bocadas

Domingo dia 12 rolou uma passeata - obviamente na orla - contra a decisão do STF sobre a obrigatoriedade do diploma para jornalistas.

Só não entendi o porquê dessa manifestação ter acontecido depois do julgamento, que todos sabem ser irrevogável, e não antes dele.

Eu acho que mobilização mesmo aconteceria se o Congresso baixasse uma lei proibindo distribuição de convites para shows e bocadas em geral. Aí cês iam ver. Não duvido que tivesse gente ateando fogo no próprio corpo, e em número maior até do que em protesto no Oriente Médio.

Detalhe da foto: não duvidem do que um herói pode fazer pelas grandes questões da humanidade...

10 de julho de 2009

Viuvez

Sacaneei o cara e olha o que acontece. Me senti até mal.

Não deve ser fácil enviuvar tão novo. Minhas condolências.

Nasce um otário por minuto

Eu cresci achando que esse ditado era americano. Afinal, aparecia em vários filmes de lá.

Mas a partir de ontem, quinta dia nove de julho, passei a achar que é brasileiro, e da gema.

Afinal, só isso pode explicar a pesquisa que apontou Ronaldo como o jogador mais querido do Brasil - indo de 6% para 27% em apenas três meses...

8 de julho de 2009

Ritmo de festa

Se no Flamengo o ritmo de trabalho é embalado pelo funk, e dos proibidões, no Fluminense pode-se dizer que pelo menos são respeitadas as tradições brasileiras.

Porque só pode ser em homenagem às festas juninas que o tricolinho contratou, de uma só vez, a dupla Ruy e Rosinei.

Sistema Bozo de Televisão

Segundo me contam e eu vejo eventualmente no Youtube, Silvio Santos está cada vez mais sem noção. E o melhor: em quase todos os dias da semana.

Na beira dos 80, ele deve ter colocado uma bateria atômica no foda-se, porque não tem sobrado pra ninguém. Criança, adulto, adolescente, gente famosa, quem tiver na frente tá passando por joselitices, e das brabas.

Pena que, por conta da idade, ele não esteja mais condições de cair em piscinas com terno, microfone e coisas do gênero. Mas mesmo assim, com sua semnoçãozice sem limites, tá dando conta legal.

Ou seja: eu, que tenho Sky por conta de um desses pacotes, e cuja programação não inclui o SBT, estou perdendo essa festa. Esse momento único da TV mundial.

Que Net que nada. Abaixo mesmo é essa merda de Sky.

7 de julho de 2009

ÇB

Acho que o Expresso ou o Meia Hora estão perdendo uma ótima oportunidade. Eles poderiam dar uma bela sacaneada na coluna Gente Boa, e fazer a versão deles. Algo como ÇB, o mais que famoso Çangue Bão.

Em vez de riquinhos com ares intelectuais, viadinhos gaveanos e modelinhos geeneteanas, entraria a vida nada glamourosa de quem lava os pratos, os carros e as cuecas de Andy Wharol deles.

Finalmente, para garantir a genuinidade da proposta, teria-se o mais que natural veto à presença de Regina Cazé, porque de pobre ela não tem nada. Afinal, não podemos esquecer que também existe este lamentável gênero do universo fashion-lapense: os engajados de butique...

Detalhe da foto: se até em foto de Sebastião Salgado tem pobre que vive na flauta, imagine no meio desse povo gente boa...

Competência

Pode reparar: quando os críticos musicais - especialmente os moderninhos - querem elogiar um artista merda, eles usam direto a palavra "competente".

Que coisa. Nunca vi ninguém chamar Tom Jobim, Paulinho da Viola, Led Zeppelin ou Louis Armstrong de competentes...

Eufemismos modernos

Saiu no Globo On Line uma matéria sobre a expansão imobiliária no Rio. E, ao final, veio uma pérola.

Um profissional do meio explicou a diferença entre as construções na área Barra/Jacarepaguá e na Zona Sul.

Segundo ele, nos dois primeiros o perfil é colocar muito mais apartamentos por andar, com vários blocos, estrutura maior e preços compatíveis com a renda da região. No segundo, não há espaço para prédios tão grandes, a necessidade de área de lazer é menor em função da proximidade da praia e de poder se fazer tudo a pé. São conceitos diferentes, disse o cara.

Belo eufemismo para dizer que na Barra e Jacarepaguá se entulha e na Zona Sul se vive muito melhor.

Detalhe da foto: sorria, você não é jogador de futebol e mora na Barra.

4 de julho de 2009

"Artistas"

Na sexta 3 de julho, meu pai - sensatamente - não quis acompanhar minha mãe ao show do Vander Lee no Canecão. Nesse momento, eu estava com eles e percebi que ela ficou tensa de ir sozinha. Querendo ser gentil, me ofereci para levá-la. Na saída, buscaria teoricamente às 11h45min, pois era o previsto no programa. Até aí, nada de mais.

Porém, quando cheguei na hora combinada, o babaca aqui ficou mais 45 minutos esperando do lado de fora. Tudo porque, segundo o segurança da entrada, a apresentação começou bem depois, pois os "artistas" sempre atrasam. Nas suas palavras, é de praxe. E é mesmo, todos sabem disso.

Se 99% dos shows são à noite, significa que há tempo à vontade para se planejar e começar perfeitamente na hora. Não há motivo justo para que atrasos virem praxe. Inclusive porque "artista" é uma profissão como qualquer outra. Em empresas, atrasos recorrentes viram cara feia de chefe ou demissão.

Mas no fim das contas, não é isso que prevalece. Por serem "artistas", as pessoas relevam. Esquecem ou não entendem que os patrões são elas, que estão pagando e podem cobrar o combinado. Por isso, os shows atrasam tanto, no sentido do tempo e da frequência. E também por isso, eu fiquei plantado esperando um tempão, feito um otário.

Tudo por causa da ignorância das platéias e, é claro, da folga dos "artistas"...

2 de julho de 2009

Tava rolando na internet que Megan Fox foi a escolhida para ser a Mulher Maravilha. Mas em seguida, saiu que a digníssima em questão recusou, por achar um personagem bobo, sem sentido.

Eu acho que o problema de ela fazer seria outro, e de ordem técnica: teriam de mudar o nome pra Mulher Maravilhosa. E aí complica, porque é preciso um mínimo de fidelidade com a criação original...

1 de julho de 2009

Trem ruim, sô

Se a imprensa quisesse pegar os Sarney de jeito, era só trocar de trem.

É que esse trem da alegria do ex-presidente não é nada perto do que ocorreu nos trens da Ferrovia Norte-Sul, quando forçou a barra até conseguir a gigantesca obra. Só que ninguém tem peito pra remexer nisso. Afinal, o que passou, passou. E mais uma vez, como sempre foi, é e será, só ficou a fumaça.

Detalhe da foto: nem o trem dos Sarney é comum. Em vez de maria-fumaça, ele tem é maria-sem-vergonha.