31 de maio de 2009

Falsa moralista

Postagens atrás, perguntei o porquê de Heloísa Helena nunca ter reclamado da farra das passagens em seu período no Senado.

Aí, dia desses, foi revelado que ela usou em benefício de seu filho. Pra variar, deu um baita e arrogante chilique, e disse que não poderia ser comparada aos outros.

Com a defesa da moralidade que sempre fez, realmente não pode. Porque já pode ser considerada pior.

29 de maio de 2009

Saraivadas de Petkovic

Pela insistência em ainda jogar, Petkovic virou um mala. Mas de uma coisa vou sentir falta dessa figuraça mau-humorada: as saraivadas. Todas muito bem mandadas. Vejamos algumas que me lembro:

1 - Ao Pet sair do campo, um repórter esportivo veio entrevistá-lo. Como é de praxe desses caras, ele saiu fazendo seus comentários, querendo falar tudo para o jogador somente ter o papel de confirmar. Após terminar de falar, o sujeito aponta o microfone para Pet. Com sua Joselitice histórica, nosso Saraiva responde: - Sim, mas qual é a pergunta?

2 - De novo, na beira do campo, o repórter vai até Pet e fala: - Pet, posso fazer duas perguntas? E Saraiva, ops, Pet diz: - Sim. Qual é a segunda?

3 - Num programa sobre atletas estrangeiros no Brasil, o repórter, ufanista como 99% dos jornalistas daqui são, pergunta todo orgulhoso a Pet: - Você gosta da comida daqui? E ele responde, na maior saraivice: - Olha, eu até que me adaptei, mas tem um prato de vocês que é horrível. Como é o nome? Ah, farofa. É muito ruim, não tem como comer...

Tolerância zero.

Obviedade

No jogo Flamengo 2 X 1 Santo André, um comentarista de laptop, com o típico ar de doutor, afirmou: "- O time do Santo André tem como característica jogar marcando e partindo para o contra-ataque."

Após essa constatação genial, uma pergunta: de um bom tempo pra cá, qual time no futebol brasileiro não joga assim?

26 de maio de 2009

O sonho de __ era ser __ - parte 31

O sonho do Miguel Falabela era ser o Mel Brooks, o Gene Kelly e o Jean Paul Galtier juntos.

O sonho do Thiago Neves era ser o Cristiano Ronaldo.

O sonho do Íbson era ser o Lampard.

O sonho do Ânderson era ser o Ronaldinho Gaúcho. Se continuar jogando de cabeça-de-área, vai acabar sonhando em ser o Tinga.

E retificando um já feito: O sonho da Preta Gil era ser a Beyoncé Knowles. Daqui a 15 anos, ela passa a sonhar em ser a Queen Latifah. E daqui a 30, ela vai acordar e lamentar não ter sido da Fat Family.

Obina

São Paulo tem uma população de nordestinos maior até mesmo que alguns estados dessa região. E, a partir disso, como há muitos baianos, concluo que também há muitas barraquinhas de acarajés.

A partir deste cenário extremamente aclimatativo, Obina tem tudo pra se identificar rápido não só com a cidade, mas com seu novo clube. É capaz até de ele achar que o costumeiro grito da torcida palmeirense seja dirigido diretamente a ele...

Detalhe da foto: Luxemburgo já tirou vários jogadores da lama. Mas no caso de Obina, realmente vai ser um desafio...

22 de maio de 2009

Padre Fábio Jr

Até Osama Bin Laden sabe que Jesus Cristo, ao dizer que ele era o caminho, na verdade se referia à mensagem transmitida.

Na Bíblia, Jesus pede para não divulgarem as curas, pois não queria que associassem os milagres à pessoa, e sim a Deus e a própria fé do curado. Enfim, ele pregava contra a vaidade e o personalismo, também por estar próximo de quem não faz parte do sucesso terreno.

Aí, dois mil anos depois, surge esse Padre Fábio. Com pose de pop star, maquiado, bem vestido, perfumado, parece estar mais presente em shows para a classe média do que nos grotões de pobreza, lugares onde Dom Hélder Câmara nunca deixou de estar.

Que coisa. Pobre da igreja que tem fãs ao invés de fiéis.

21 de maio de 2009

Menos Beckhan, mais Nunes

Uma das categorias mais injustiçada é, sem dúvida, a dos boys. Tudo bem que boa parte deles recebe pra ficar jogando em fliper, dizendo quem estão presos no trânsito. Mas nesse mundo cada vez mais boiolizado, eles exercem um papel importante nas empresas.

O meu caso é um exemplo. Com exceção do boy, os caras do meu trabalho simplesmente não conversam sobre mulher e futebol. Já se imaginou nessa situação? Nos ambientes onde os mudernos e afins estão tomando conta ou são a essência - design, cinema, comunicação em geral - a tendência é essa situação se sacramentar de vez.

Por isso, toda empresa deve não só valorizar o boy, mas dispensar as terceirizadoras deste tipo trabalho. É preciso ter um sempre ali, de plantão. Às segunda e quintas, é com ele que converso sobre a rodada. É com ele também que eu comento sobre as Playboys e Sexys. Pra não dizer sobre outros tipos de mídia.

Enfim, eles ajudam o ambiente de trabalho a ficar menos Beckhan com uma pitada de Nunes. E isso não é pouco não.

17 de maio de 2009

Caravela sem rumo

O Vasco é só diversão, o Vasco é só alegria.

Sabe aquela festa na Lapa que ia arrecadar dinheiro para o Vasco? Que tinha à frente a triste figura da Fernanda Abreu? Que, por incompetência e sina, ia acontecer no dia seguinte ao Pentatricampeonato do Flamengo? Pois essa festa ficou no vermelho. Só faltou o preto pra ficar mais perfeito pra eles.

Ao final, só foram 350 pobres coitados (cabem 500 na casa), e ainda por cima rolou um prejú de 5 mil reais.

Ou seja: na postagem anterior sobre esta saga, eu disse que eles poderiam, quem sabe, pagar metade do salário do Amaral. Só que ficaram devendo os do roupeiro, do massagista, dos porteiros e faxineiros de São Januário...

16 de maio de 2009

Jamil Warwar

A Veja Rio de 6 de maio agora publicou uma capa no mínimo lamentável. O destaque seria a "nova" polícia civil. Só que a figura que mais aparece é uma Ramba, com um fuzil maior que um garoto de 10 anos.

É certo que a polícia civil do Rio está melhorando, baseado em critérios de escolaridade mais restritivos. Porém, a exposição dos novos delegados, mostrados como superpoderosos, traz outros vícios. Já ali nas fotos, é possível observar poses típicas de revistas de celebridades.

De concreto, todos os estudos e relatórios voltados para o combate à violência sempre apontam para uma arma em comum: a inteligência. E nesse ponto, nenhum detetive foi superior a Jamil Warwar. Ele ficou conhecido nos anos 70 por ter solucionado o Caso Cláudia Lessin Rodrigues, socialite morta por outros da sua categoria social. Mas o que ele fez em sua carreira foi muito além. Sem dar tiros, somente com investigação, disfarces e conversa, Jamil solucionou cerca de dois mil casos - muitos em poucos dias. Filho de um comerciante do Saara, optou pela polícia ao seguir a sua vocação. Diferente de quem vira delegado porque não passou em concursos para juiz ou promotor.

Já foi feito um documentário sobre Jamil Warwar, chamado O Detetive. Olhando de primeira, é um figuraça, saído dos filmes policiais dos anos 70. Só falta ter como parceiro o Al Pacino de barbão, Ray Ban e paletó de gola grande. Mas defasado ele nunca foi. Pelo contrário. Não existe nada mais atrasado e previsível do que ser violento e vaidoso. Isso, qualquer um é. E por isso mesmo, Jamil Warwar não foi qualquer um.

15 de maio de 2009

Batman

Um dos maiores líderes de quadrilha do Brasil tem o nome de Ricardo Teixeira.

Peraí, já não sei mais de quem estou falando...

13 de maio de 2009

MQM

Já ouvi muitos elogios ao CQC. Bem, vamos lá:

1 - Tem pose de programa jornalístico, mas não faz por onde. Eles teriam de investigar os fatos abordados de forma muito mais aprofundada. Falar mal, até eu falo. E tenho até um blog pra isso.

2 - Sinceramente, as piadinhas deles não diferem muito do que podemos ouvir numa roda de amigos. Fazer caretinha em frente à câmera e colocar desenhinhos em cima na edição, qualquer um faz.

3 - Se eles fazem perguntas menos convenientes a autoridades, não é por serem corajosos ou por terem uma missão. O programa segue uma proposta comercial, com público definido, e é em função disso que conseguem ótimos patrocinadores. Se tocassem nas feridas de verdade, nenhuma empresa grande colocaria sua marca ali. Dois ou três telefonemas do governo resolveriam o caso.

4 - Olhando a pose de alguns apresentadores, fica a impressão muito forte de eles se enquadrarem naquele tipo humano que já chamei aqui de Rogério Ceni: eu sei que sou foda, mas não tô nem ligando pra isso.

Enquanto isso, quando quero ver jornalismo, eu procuro um programa do gênero. E se quero ver humor, procuro um de comédia. Porque os dois juntos, sinceramente não tá rolando.

Ninguém sabe a dura que eu dei

O Dops só existiu nas ditaduras. Sempre foi o braço repressor do Estado anti-democrático, prendendo, torturando e matando. Pra trabalhar lá, no mínimo tinha de já ter batido na mãe.

O que eu acabei de escrever, qualquer pessoa razoavelmente informada sabe. Por isso, fica difícil acreditar que, em plena ditadura, um cantor famoso como Wilson Simonal não tivesse noção disso. Pior ainda é achar normal mandar dois agentes daquela escória dar uma surra - que inevitavelmente viraria tortura - em um desafeto.

Não sou bacharel em direito pra sair falando. Mas sei que sequestro e tortura são crimes hediondos, e com penas altíssimas. Por isso, no fim das contas, o gelo que Simonal tomou da mídia e do público acabou sendo uma punição indireta. Se ele era um grande artista, o papo é outro. Mas achar que pagou caro pelo que fez... Será que foi mesmo?

12 de maio de 2009

Lutador

Três momentos valem a pena citar sobre o filme O Lutador, além da incrível interpretação de Mickey Rourke:

1 - O respeito, a amizade e dedicação à profissão dos lutadores de luta-livre encenada. Sempre achei uma atividade até mesmo ridícula. Se o clima desse universo - pelo menos nos EUA - é esse mesmo, dão banho de seriedade nos jogadores de futebol daqui.

2 - A caminhada dele até o começo na nova profissão, no supermercado. Não é inédito, mas foi filmado na medida certa, sem qualquer exagero ou sutilezas pretensiosas.

3 - O diálogo dele com a personagem de Marisa Tomei - que, como diria José Carlos Araújo, tá batendo um bolão-bolão-bolão - ao falar sobre as bandas grunge: - Kurt Combain tirou o direito de a gente se divertir. Sensacional...

Show de horrores

Domingo agora, 10 de maio, cheguei em casa às 22h e pouco depois liguei a tevê.

O primeiro canal que apareceu foi o GNT, e passava o tal de Irritando Fernanda Young. A niteroiense em questão entrevistava a inominável Preta Gil. Por curiosidade, assisti rapidamente. E é o que alguém com um mínimo de bom senso aguenta.

Nem que reunissem o Alborguetti e o Jonas Santana no mesmo programa sairia tanta merda, pateticidade e complexos tão evidentes. Caricato mesmo.

Inclusive uma declaração da PG - ou GG se preferir - serviu pra confirmar uma obviedade que escrevi várias postagens atrás: que o sonho dela era ser a Beyoncé. Mas uma dia, daqui há 30 anos, talvez ela acorde e passe a sonhar em ser a Dona Ivone Lara...

Detalhe da foto: só imagino um motivo pra alguém andar com Preta Gil, fora pensar como ela. Como toda baranga endinheirada e filhinha de gente prestigiada, ela deve trazer amigas gostosas a tira colo.

8 de maio de 2009

O sonho de ___ era ser ___ - parte 30

O sonho do The Rock era ser o Arnold Schwarzenegger.

O sonho do Marcelo Nova era ser o Raul Seixas.

O sonho do Victor Biglione era ser o Jeff Beck.

O sonho do Nenê era ser o Shaquille O´Neal.

O sonho do Oscar era ser o Larry Bird.

O sonho do Marcos Pasquim era ser o Antonio Banderas. Um dia ele acorda e passa a sonhar em ser o Humberto Martins.

5 de maio de 2009

República dos Pampas

Aquele papo de independência do Rio Grande do Sul, pelo que vi nos últimos anos, morreu de vez.

Mas, ao contrário do que achava antes, hoje não considero tão absurdo assim. Experimente perguntar a quem nasceu, cresceu e vive lá o que ele é. 99% dirão gaúcho, e brasileiro é uma hipótese que aparece bem depois. Não tem jeito. É dos caras. Acho que, no fundo, eles ainda sentem uma inveja danada dos uruguaios, que conseguiram deixar de ser cisplatinenses.

E se olharmos bem, veremos que as condições para a independência existem. Escolaridade maior, muitas cidades médias, infra-estrutura melhor que alguns países vizinhos e agricultura muito produtiva. Têm bem menos indústrias que São Paulo, mas nada de grave. E com incentivos, estrutura social menos desigual e bons profissionais, tirariam fácil várias delas daqui. Fora o elenco de mansão do Hugh Hefner, que já atrairia por si só grandes investimentos em rentáveis áreas de lazer e diversão.

Para o país, é preciso reconhecer, seria uma perda. Que só não é maior porque a nossa seleção deixaria de ter o Dunga. E também Ronaldinho Gaúcho, que não quer mais nada com a hora do Brasil. Aliás, nesse último caso continuaria tudo a mesma merda. Só mudaria para não querer mais nada com a hora da República dos Pampas...

Detalhe da foto: conquistada e estabelecida com muita luta, qual seria a capital escolhida pelos gaúchos? Pelotas ou Porto Muito Alegre?

Fala mal mas faz igual

Os jornalistas esportivos reclamam muito de o futebol brasileiro ter se europeizado.

Mas a maioria dos atuais programas que mostram os gols - comandados exatamente por eles - só coloca música eletrônica como trilha de fundo, o que é a cara da Europa. E o antigo som de torcida com batucada, tão legal e característico do Brasil, vem se escafedendo de vez.

Deve ser em nome da tal modernidade. Ou, em casa de ferreiro o espeto é de pau.

4 de maio de 2009

Pior do que em piada de português

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!!!!!!!!!

Hoje, 4 de maio, é o dia daquele show sobre o qual eu escrevi algumas postagens atrás, para ajudar o Vasco.

Data melhor impossível: bem no dia seguinte ao que o Flamengo conquistou o pentatricampeonato e se tornou o senhor absoluto dos estaduais cariocas...

Detalhe da foto: inicialmente, não será uma festa à fantasia. Mas fica aqui a sugestão.

3 de maio de 2009

Meu amor é cachoeira

Esquece Beth Carvalho.

Depois de tanta humilhação, só mesmo música do Ronnie Von pra expressar fielmente o choro do Bostafogo.

Tudo é festa

O Flamengo funhanhou o Vasco e o Botafogo por três vezes seguidas. Agora só falta o Fluminense.

Enquanto isso não acontece, só resta comemorar o pentatricampeonato, o maior número de títulos estaduais e o maior aproveitamento na história dos Cariocas. Vão ter de aturar, e não tem conversa.

Detalhe da foto: flamenguista dedicado que é, Adriano não espera o Fluminense pra funhanhar.

Título de presente

Dois gols contra e um de falta, com a bola desviada pela defesa do Botafogo.

Sinceramente, nem precisa ter ataque quando os outros fazem o serviço pela gente...

Chutar cachorro morto

Só aqui entre a gente: o que mais poderia se esperar de uma final contra a cachorrada do Bostafogo?

1 de maio de 2009

Fila da barca

Definitivamente, a fila da barca virou um Tetris mal jogado. Nem gente para organizar as filas - o básico do básico - a concessionária se presta a colocar.

Mas, pra não dizer que não foi feito nada, na quinta-feira dia 30, véspera de 1º de maio, tinha um microônibus da tropa da choque da PM estacionado bem ao lado das roletas da Praça XV. Ou seja, a empresa não cumpre o contrato e o usuário é que é tratado como marginal.

O fato é que a Barcas S.A. está cagando, andando e nadando para todos. E só não está boiando porque tem como fiel escudeiro Rúlio Lopez, o galã mal dublado de novela colombiana e, nas horas vagas, secretário de transportes.

Pra terminar, nem sei por que esse Tetris que falei acima está sendo tão mal jogado assim. Pelo que parece, a direção de lá não deve ter feito outra coisa nos últimos anos...