15 de novembro de 2011

Os jornais

A Itália tem uma população altamente escolarizada - fundamental para a solidez de um país na sociedade do conhecimento - e já fez sua reforma agrária há muito tempo. Tem ótimos índices sócio-econômicos, mesmo levando-se em conta a diferença entre Norte e Sul. Também tem um dos turismos mais desenvolvidos do mundo e uma indústria desconcentrada, que não depende de 10 ou 15 empresas, exclusivamente, para puxar o bonde.

O Brasil tem uma pachorrada de analfabetos formais e de profissionais desqualificados. Seu campo nunca saiu da estrutura feudal. Os índices de desenvolvimento humano são patéticos, atrás de países como Jamaica, Bahamas e o arrasado Líbano. O turismo aqui faz consquinha e a indústria, atrasada toda vida, se concentra quase toda numa região.

Como dizem os nossos gloriosos jornais, realmente a Itália tá na merda. E o Brasil vai muito bem, obrigado.

6 de novembro de 2011

Cigarro é bobo, feio e chato

A Globo começou uma campanha antitabaco com uma intensidade nunca vista. Tem estratégia coletiva, data marcada para começo e o escambau. No entanto, por que isso não acontece com o álcool, que também traz prejuízos absurdos à sociedade?

A minha teoria é simples quem nem pão com ovo. Todos sabem que as emissoras de TV têm um faturamento fortíssimo com cervejarias, além de outros fabricantes de bebidas alcoólicas. Mas ao mesmo tempo, isso não acontece mais com a indústria tabagista, porque a propaganda de cigarro foi proibida há vários anos. Quem tem pra lá de trinta lembra das campanhas do Hollywood, Free, Chanceler, entre outros. Era uma arrecadação interminável que escafedeu-se, sem a menor chance de voltar. Por isso, não há nada que ligue a Globo a essas empresas. E o cigarro... bem, o cigarro assim pôde ser eleito vilão sem o menor problema.

Viu como o mundo é lindo?