28 de março de 2009

O Senado, Heloísa Helena e as bravatas

Nesse epísódio sem fim dos cento e tantos diretores do Senado, me veio um questionamento de imediato: e a Heloísa Helena nessa?

Ela foi senadora até outro dia, quando essa matilha já existia e fazia a festa. Por isso, a pergunta que não para de gritar: por que HH, que sempre esperneou contra tudo, e se especializou em apontar o dedo em riste para todos, nunca falou publicamente contra isso durante seu mandato? Vai dizer que ela não sabia disso? Aliás, há como um senador não saber?

Na última eleição pra presidente, eu não votei nela. E não votaria de novo. Pra ficar gritando e não fazer nada, a Chiquinha, que parece ter se inspirado nela até no visual, fazia muito melhor.

24 de março de 2009

Já deu o que tinha de dar

Essa não foi minha. Foi do Daniel, que trabalha comigo.

23 de março de 2009

Separados no nascimento, unidos na picaretagem


Pra não dizer que é implicância, pode conferir: o deputado Eduardo Cunha não lembra um pouco o Maluf?

Assim como o original, ele não pode ver uma estatal que já fica se mexendo nas cadeiras...

21 de março de 2009

A vilã da história

Na minha adolescência, existia uma grande antipatia pela Rede Globo, plenamente justificável e totalmente esquecida pela molecada de hoje.

Pois essa mulher aqui conseguiu fazer com que eu torcesse, pela primeira vez, a favor da Vênus Platinada. Todos devem lembrar da Cláudia Cruz, que apresentou o RJ TV durante um tempão. Ela, que ganhou uma ação contra a Rede Globo, sendo aplaudida por isso, tem uma mancha inacreditável em seu currículo: é casada com Eduardo Cunha.

Sim, é aquele deputado aqui do Rio que até na aparência lembra o Maluf. Esse indivíduo se especializou em desviar verbas e empregar apadrinhados políticos nas estatais. Se você já viu algum filme que mostra ladrões que tratam o seu ofício como arte, esqueça todos eles. Esse aqui é o mestre geral. Um Michelângelo da ladroagem.

E Cláudia Cruz, anos atrás colocada por alguns como um pequeno símbolo de resistência à uma empresa já considerada vilã do país, na verdade assumiu exatamente este papel. Por mim, poderia ter perdido a disputa na Justiça. Porque quem casa e tem filhos com um sujeito desse, no mínimo não deve discordar do que ele faz.

14 de março de 2009

Só se for agora

Se uma pessoa fosse entrevistável, quais dos dois programas abaixo ela escolheria pra ir?

1 - o entrevistador trata bem a todos, sem julgamentos. Ao final, ele dá flores e também tempo para o entrevistado falar, sem querer demonstrar que sabe mais do que todos. E sem interrupções inconvenientes.

2 - O tratamento varia de acordo com a intimidade ou importância política e artística para o entrevistador ou o canal. O entrevistado tem grandes chances de ser massacrado pela vaidade do anfitrião, seja sendo grosseiramente interrompido ou sem receber a chance de demonstrar o que conhece.

O primeiro é o Jorge Perligeiro e o segundo o Jô Soares. Grosso por grosso, prefiro um assumido e, mesmo sem conteúdo algum, que não encha o saco de ninguém. Tudo bem que, até pouco tempo, as pessoas recebiam Kaiser quente no final. Mas isso a gente releva...

13 de março de 2009

Ribanceira

O mais interessante no Pânico na TV, além das gostosas, eram os caras sacaneando as celebridades. Até Jô Soares conseguiu mostrar o que estava evidente: que é o maior babaca da TV, quiçá do Brasil. E, na maioria das vezes, fizeram isso com palavras.

Pois essa lógica de Robin Hood da mídia vem mudando, e hoje, sexta 13, eu vi um quadro digno de Justo Veríssimo. Um cara qualquer passava em cima de um caminhão jogando um esguicho de bombeiro nas pessoas, a esmo. Teve gente atingida que estava esperando ônibus, velhos que caíram perigosamente na calçada, mulheres quem sabe com uma roupa nova. Como nunca achei graça em videocassetada, achei menos ainda disso. Um quadro desse qualquer um faz, inclusive em trotes desses bem óbvios.

Isso sacramentou de vez a decadência criativa do programa - se é que precisava - e deixou a certeza de que eles se juntaram a quem mais sacaneam. Ou seja, tornaram-se iguais. Quem sabe, até do Jô Soares.

11 de março de 2009

Os gordos e o magro

Agora como meio-campo, Léo Moura vem jogando cada vez mais parecido com o ex-lateral Mancini, um dos melhores brasileiros do Roma e também do campeonato italiano.

E pelo visto, deve evoluir bastante na nova posição, pois tem habilidade, técnica, velocidade, boa visão de jogo e um excelente cruzamento. Inclusive, vem fazendo gols, seja concluindo ou cobrando faltas.

Léo Moura não é um armador - jogador que não existe mais no Brasil, mas é um meia avançado que vai fazer muita falta ao Flamengo, já que está de saída para jogar na Rússia, no time de Zico. Isso porque Obina, com sua gordura abdominal, e Zé Roberto, com a traseiral, estão com dois meses de salários atrasados, e que precisam ser pagos. É claro, para continuar não fazendo nada e engordar cada vez mais. Não só os corpanzis, mas também os próprios bolsos.

10 de março de 2009

O sonho de __ era ser ___ - parte 26

O sonho do Artur Xexéo era ser o Truman Capote.

O sonho do José Simão era ser o Tom Wolfe.

O sonho do Alan Parsons Project era ser o Pink Floyd.

O sonho do Justin Timberlake era ser o Michael Jackson.

O sonho do Gerson King Combo era ser o James Brown. Um dia ele acorda e passa a sonhar em ser o Tony Tornado.

Não cabe


Essa fofurinha de desenho ao lado representa, sucessivamente, a quantidade de prédios levantada em Niterói e a capacidade do lugar em absorvê-los.

Nem em filme pornô tal desproporção ocorre de maneira tão incisiva.

6 de março de 2009

Khalil M. Gebara

Parte da imprensa esportiva vai criticar o Fluminense por ter demitido Renê Simões.

Mas mesmo quem tem a quarta torcida do Rio não pode ter um técnico que é sósia do garoto-propaganda da Khalil M. Gebara.

E só não postei foto dele porque não encontrei de jeito algum no Google Images.

4 de março de 2009

Itumbiara

Para esta temporada, o Itumbiara, clube de empresários de Goiás, conta com Túlio Maravilha, Caíco, Leandro Piu Piu e Denílson no elenco.

Por que não formaram logo o time com o pessoal da casa do Benjamim Button?

MPT

Truco, buraco, mau mau. War (objetivo dominar o mundo), Imagem e Ação, Banco Imobiliário. Paciência, Doon, Street Fight.

Quando vejo motoristas acumulando a função de trocador nos ônibus de Niterói, penso na mesma hora: o que tanto fazem os procuradores do Ministério Público do Trabalho - responsáveis pela fiscalização nas relações de trabalho - para não fazer nada diante disso? Devem estar ocupados demais, só pode ser.

Sobre a coxinha de galinha

Embora, no fim das contas, todo dinheiro da economia sempre desemboque para os grandes empresário e políticos, é possível enxergar em pequenos exemplos cotidianos o que faz mais sentido para o nosso desenvolvimento social/econômico.

Um dia, passando em frente a uma confeitaria, olhei para o balcão e pensei: comprar essa coxinha de galinha tem um impacto para a população muito maior do que comprar ações da Petrobras.

A lógica é simples. Para vender uma coxinha, é preciso farinha, óleo, frango e temperos. Para esses ingredientes irem até a confeitaria, fornecedores compram caminhões, contratam pessoas. E até chegar ali, movimentou-se toda uma indústria, que começa nos produtores - mesmo que os mega-agropecuários.

Nesse caminho, tudo é voltado para a produção. Uma coisa concreta se transforma em outra. O resutado não é virtual.

E assim, uma coxinha feita de ingredientes entregues no tempo certo, por um bom cozinheiro, conquistará o cliente, que tornará a comprá-las, estebelecendo um ciclo duradouro e consistente de disseminação da riqueza.

As ações da Petrobras? Ah, trazem recursos para financiar a empresa, diriam uns. Mas se as ações das Balas Juquinha dispararem e as da estatal apresentarem queda, todos sabem o que acontece. E mesmo assim, só até o dia seguinte, quando outra oscilação pintar.

É da natureza do negócio fútil, frívolo, descolado de qualquer projeto coletivo. Simples assim.

2 de março de 2009

A velha carroça de sempre

Se você fosse escolher entre vender ferro-velho e software, o que você escolheria? O Brasil escolheu ferro-velho.

Na última década, virou campeão de exportação de matérias-primas, babacamente chamadas de commodities pela mídia especializada. Mas continuou sendo um rolinho de cocô quando o assunto é pesquisa científica e de tecnologia de modo geral.

Nenhum país se desenvolveu sem essa última parte. Mas todos que se focaram na exportação de produtos básicos se subdesenvolveram, como fez este país. Mesmo que o preço deles - como o ferro e a carne bovina - tenham subido por um tempo, como aconteceu recentemente.

Ao final das contas, continuamos como sempre fomos: uma carroça, e daquelas bem ordinárias.

Detalhe da foto: ao reler os sabichões que escrevem sobre economia, percebi que usei o termo errado e até troquei a foto. Afinal, são somos subdesenvolvidos. Somos um país em desenvolvimento.