31 de agosto de 2008

Eu, eu, eu, Cacá Bueno se fudeu! Eu, eu, eu, Cacá Bueno se fudeu!

30 de agosto de 2008

Samba de Raiz

Sobre a postagem abaixo, um acréscimo.

Eu tive a sorte de conhecer o jornalista e estudioso do samba José Carlos Rêgo, falecido há uns dois anos. Ele era muito amigo da minha família. E, ao ser homenageado na Assembléia Legislativa do Rio, ouviu do Sérgio Cabral pai que ele era a pessoa que mais conhecia samba no Brasil. Verdade pura.

Certa vez, Zé Carlos disse para mim que existem 46 tipos de samba no Brasil. Essa variedade vai do Caxambu ao Samba de Roda da Bahia, nacionalmente conhecido através do É o Tchan. E todos são tão legítimos quanto o samba do Rio de Janeiro.

Ou seja: para descabelo dos neopuristas de plantão, Carla Perez também é samba de raiz...

Eu sou burguês, mas eu sou artista

Certa vez, estávamos eu e meu amigo Léo Bacelar no Candongueiro, quando reparei que todos, inclusive as patricinhas e os playboys, sabiam todas as letras dos sambas tocados. Só faltava usarem chapéus panamá e vestidos de candomblé.

Naquele momento, virei para o Léo e disse: "- Aposto como todos ficaram em casa decorando as músicas pra chegar aqui e fazer pose de íntimos da velha guarda de alguma coisa." Ele concordou como tudo, enfaticamente.

Pois o samba - para a classe média - há algum tempo é a moda politicamente correta. De repente, quem ouvia dance, axé e popzinhos até a semana passada mudou. E passou, de uma hora pra outra, a ser especialista em samba. Chega a existir uma disputa entre quem vai a mais feijoadas das Tias Nonocas da vida.

Mas tudo bem. Agora Samba é in. É raiz. É quando todos podem dizer "Eu sou burguês, mas eu sou artista".

Stock Car, a forçação

Quando a Globo começou a dar mais destaque ao Stock Car, ficou evidente que era por causa do filho do Galvão Bueno. E mesmo assim, ele perdeu seguidamente na hora H, até conseguir ser campeão. Bem feito.

Porém, essa forçação de barra continuou e agora esse tipo de corrida adquiriu dimensão, na lógica da Globo, de esporte nacional. Coisa que definitivamente não é. Tirando os paulistas, que de modo geral se emocionam até com carrinho de rolemã, quem acompanha Stock Car de verdade?

Se na tevê a Fórmula 1 passa longe do que é ao vivo - já vi no autódromo e posso afirmar -, na Stock Car é muito mais. Os carros são muito mais lentos, não se vê o corredor e o grande tamanho dos carros encurta a largura das pistas. Parece autorama em câmera lenta.

Diante dessa forçação de barra, só resta torcer para que o Cacá Bueno não ganhe esse prêmio de 1 milhão - de preferência chegando em segundo 1 centésimo depois - e que o grande Ingo Hoffman seja o vencedor, pois foi o único que anunciou que vai dividir o prêmio com toda equipe.

28 de agosto de 2008

Troféu Caixão sem Fundo

Existem pessoas que, ao morrer, precisam usar um caixão com fundo falso. Essas vão inevitavelmente direto para o mais baixo andar de todos, não tem jeito. E uma delas é o Ministro Carlos Alberto Direito, do STF.

Esse cara está sempre usando o pior dos artifícios para conseguir os seus objetivos. Ao ver que sua opinião vai dançar - e elas são sempre retrógadas, guiadas para interesses restritos -, ele simplesmente tem a cara dura de pedir vista, postergando decisões que deveriam ser imediatas e que estão mais do que debatidas e esclarecidas.

Também, o que podemos esperar de um Ministro do Supremo Tribunal Federal que, entre outras coisas, já teve um quadro no falecido Povo na TV, tendo como companheiros figuras como Roberto Jefferson, Lengruber, Sérgio Mallandro e Wágner Montes? Aliás, como alguém com esse passado chegou onde está?

26 de agosto de 2008

Vasco - a diversão não pode parar

Poucas coisas podem ser mais divertidas do que o Vasco.

Agora, pra gargalhada geral da Nação, eles trouxeram o inominável, o inclassificável, o inescalável Fernando, ex-zagueiro do Flamengo.

Detalhe da foto: quando a gente acha que os bondes vão acabar de vez, o Vasco mais uma vez surpreende a todos e os ressucitam...

25 de agosto de 2008

Considerações Olímpicas - mensagem final

"O segundo colocado é o primeiro dos últimos"
Nélson Piquet

21 de agosto de 2008

Considerações olímpicas 5

Taekwendô parece briga de canguru.

O país do basquete não são os EUA. É a Lituânia. O lugar é microscópico, tem meia dúzia de habitantes - nenhum crioulo - e mesmo assim ficam entre os quatro melhores em todas as olimpíadas que disputou como país independente.

É quase impossível não achar que todos os competidores de salto ornamental não sejam gays.

Existem três categorias de derrotas nessa olimpíada: perder, peidar e passar vergonha. Roberto Scheit perdeu, mas não amarelou em momento algum. A maioria peidou, por motivos óbvios. E a seleção de futebol masculino passou vergonha, por motivos mais óbvios ainda.

Jadel Gregório termina a olimpíada como o maior bobalhão da delegação brasileira. Pela onda que tirou antes da hora, tinha que ter saltado uns 30 metros.

19 de agosto de 2008

Considerações olímpicas 4

Pode reparar: até o momento, atleta que fez propaganda pra Oi só se fudeu.

Diego não consegue ser jogador de seleção nem em olimpíada.

Se olimpíada é para mostrar os limites do homem, o que faz o hipismo nessa competição?

Silvio Luís zoando com os nomes das jogadoras de handebol Chana (Brasil) e Piroska (Bulgária) foi do caralho.

Oscar é o mocorongo das olimpíadas.

Ou melhor: Oscar é o Gérson das transmissões olímpicas.

16 de agosto de 2008

Macheza olímpica e em geral

Macheza não é cantar vitória antes do jogo. É assumir que veio pra ganhar e, com isso, encarar de frente as conseqüências da derrota.

Macheza não é ficar cheio de dedos antes de entrar em campo, piscina, quadra ou tatame. É entrar pra ganhar. E se perdeu, perdeu. Faz parte.

Macheza é o que caras como César Cielo ou Michael Phelps fizeram. O brasileiro foi sem medo e disse que ia entrar pra ganhar na prova em que sabia que poderia ganhar. O americano não fez pose de falso cauteloso. Ganhou uma após outra e só vibrou muito nas horas certas: nas provas em que a vitória não dependia dele ou que ganhou por um pentelhésimo.

O resto é peido.

15 de agosto de 2008

Considerações olímpicas 3

Até o momento, tudo indica que o cardápio da delegação brasileira está farto de repolho: o peido é generalizado.

A mãe do Thiago Pereira não é mala. É pancada mesmo.

A seleção feminina de futebol estar mais cotada pra medalha que a masculina é derrota total.

Sejamos práticos: se o Brasil investisse em coisas como tiro ao alvo e levantamento de peso, ganharia muito mais medalhas do que com esportes como vôlei, que pode fornecer uma só medalha.

O único homem da delegação até agora foi o César Cielo. Não porque ganhou o ouro, mas porque disse, sem o menor receio, que ia entrar pra ganhar.

12 de agosto de 2008

O sonho de ___ era ser ___ - parte 18 Treinadores de Futebol

O sonho do Paulo Autuori era ser o Parreira.

O sonho do Mano Menezes era ser o Felipão.

O sonho do Celso Roth era ser o Felipão.

O sonho do Dunga era ser o Felipão.

O sonho do PC Gusmão era ser o Luxemburgo.

O sonho do Renato Gaúcho era ser o José Mourinho. Um dia ele acorda e passa a sonhar em ser o Valdir Espinoza.

10 de agosto de 2008

Heliodora

Há vários anos, vi Paulo Autran falando maravilhas de uma peça encenada por ele. Era sobre um casal gay e uma amiga deles. O otário aqui acreditou, foi e lá vi que era um lixo. Depois disso, desisti. Como confiar na opinião de alguém, se a de um dos melhores do ramo deixou de ser confiável?

Porém, depois de ver uma peça de desconhecidos e ter lido posteriomente a crítica de Bárbara Heliodora, passei a ter uma referência. Sem entrar em descrições delirantes, ela contou objetivamente o que rolou em cena. Inclusive me fez ver o que não tinha visto ali na hora. Isso, sem querer convencer ninguém do que ela diz. Ela simplesmente disse. Aliás, não sei porque a criticam tanto. No mínimo, é comentário de quem não foi elogiado. E, em se tratando do ego de boa parte da turma do teatro, qualquer coisa diferente de genial não serve.

Por isso, antes de ir ao teatro - quando vou -, leio obrigatoriamente a sua análise. O resto, pra mim, tem grande chance de ser jabá ou mais um chute de jornalista de segundo caderno. Com exceções, é gente que está lá, mas poderia estar no Sabbá Show que o conteúdo seria o mesmo. Só muda o verniz.

6 de agosto de 2008

Aída dos Santos

Eu era aluno da UFF. Num intervalo entre as partidas das olimpíadas da universidade, um professor de educação física me apontou uma professora que estava quietinha em seu canto, marcando os dados de uma partida. Ele disse algo assim: "- Tá vendo aquela senhora ali? Ela é uma das maiores atletas da história do Brasil, só que pouquíssima gente sabe. Se fosse na Europa, ela seria homenageada sempre. E nunca se gabou disso."

Era Aída dos Santos, que tirou quarto lugar no salto em altura nas olimpíadas de Tóquio, em 1960. É, até hoje, a melhor colocação individual de uma brasileira. E a sua história daria um filme mesmo.

Quando começou, foi contra a vontade do pai, que batia nela por isso. Não preciso dizer que era muito pobre e não contava com apoio de ninguém. E mesmo mal alimentada e preparada, bateu o recorde sulamericano e garantiu sua vaga na comitiva da época. Era a única mulher.

Na hora da prova, Aída dos Santos usava sapatilhas de velocista e bota de gesso preparada por um médico cubano. Tinha almoçado chuchu com camarão e estava sozinha. Tinha dores no pé, mas mesmo assim conseguiu o quarto lugar.

Quando vejo esses atletas do basquete - logo o basquete, o segundo esporte que mais gosto de ver - cagando pras olimpíadas, dá vontade de mandá-los para a UFF e colocá-los para ter aulas com ela. Principalmente sobre a vida.

Considerações olímpicas 2

A mãe do Thiago Pereira é uma mala.

Marta joga muito e as jogadoras da seleção merecem todo apoio.
Mas ver futebol feminino é assistir a um jogo de botão.

Vôlei não tem torcedor. Tem tiete.

Pior que torcedor de Copa, que acha que entende de futebol a cada quatro anos, é torcedor de Olimpíadas. Ele fala ainda mais merda, porque são vários esportes ao mesmo tempo.

O pato sabe voar, nadar e andar. Ou seja, faz muitas coisas, mas não faz nada direito. Exatamente como Galvão Bueno e Renato Maurício Prado fazem comentando nas olimpíadas.

4 de agosto de 2008

Curiosidade Papa-goiaba

Essa é pra quem mora em Niterói e olhe lá.

É com alguma freqüência que vejo cartazes e letreiros de lojas com a expressão "Largo do Marrom" escrita, se referindo ao trecho entre o início da Rua Noronha Torrezão, o final da Rua Santa Rosa e o começo da Rua Paulo César, em Santa Rosa. Também cansei de ver muitas pessoas falando assim.

Porém, o nome correto é Largo do Marrão, e há um motivo para isso. Nos séculos 18 e 19, havia uma feira no local. Ali, vendia-se um tipo de porco chamado marrão. Por isso, este nome estranho e feio, que inevitavelmente soa tão classe D.

Mas para o mercado imobiliário, isso não é problema. Se já mudaram o nome de um trecho grande de Santa Rosa para Jardim Icaraí, porque não conseguiriam mandar a prefeitura adotar um nome mais glamuroso para este lugar?