19 de março de 2015

Achaca Brasil!

O teatral episódio do El Cid Gomes, alçado a cavaleiro da moralidade republicana por quem nunca acompanhou noticiário na vida, suscitou em mim uma séria reflexão: se existe meme e incorporação de expressões ao cotidiano pra tudo, por que não para "achaca"?

Por isso, buscando o melhor para o país - se Aécio Neves, Lula e Eduardo Cunha querem isso, por que não eu? - deixo aqui algumas sugestões de incorporações do termo em questão, para o nosso dia a dia:

Chaca chaca na buchaca = achaca achaca na buchaca

Chakabum (banda popfunkaxé avó das mulheres fruta) = Achacabum

Chicabon = Achacabom (caso alguém da elite branca azeda queira ridicularizar o popular picolé, por ainda não ter as versões meio amargo, amargo, avelã, amêndoas, pimenta, alfarroba, wasabi, cranberry, rum, licor etc)

Chakra desequilibrado = Achakra

Shaka Khan = Achaka Khan (caso não goste da cantora e queira implicar com algum fanzoca.)

Shaka de Virgo, dos Cavaleiros do Zodíaco = Ashaka de Virgo (caso queira sacanear alguém que seja extremamente politizado(a) e, ao mesmo tempo, uma mulher-menina que continua fanática pelo desenho ou uma borbofleta com a capacidade de mijar em pé na mesma condição.

Shaka (Rei Leão) = Ashaka (caso ele tenha se tornado um déspota, em função do natural absolutismo do ethos de um rei, logo merecedor de um apelido pejorativo.)

É isso. E assim como foi no discurso dele, se colar, colou...

16 de março de 2015

Democracia participativa para a classe média tradicional, em uma lição.

A proposta aqui é descrever o que é democracia participativa na língua que um classemediano tradicional realmente entenda. Tipo o klingon para o Sheldon. Pra situar melhor, o classemediano tradicional em questão é, na maioria das vezes, aquele que os avós votavam no Lacerda, os pais no Álvaro Vale e alguns filhos mais desgarrados até flertaram com Lula paz e amor na eleição de 2002, por conta da ilusória honestidade. E num reload, com a PeTrorroubalheira, voltaram ao Lacerda, mas em sua versão Hang Loose.

Essa língua, acredite, é o português!!! Mas usando o útil artifício da comparação... Podemos dizer que essa em específico usa, bem de leve, o método do vermelhista-cubanista-bolivarianista-subversivista Paulo Freire, já que recorre ao cotidiano particular para se fazer entender, entrando no imaginário neolacerdista para transmitir o conhecimento.

Então. Democracia participativa é mais ou menos assim:

Imagine-se voltando no tempo das emprescravas, poucos anos atrás, com o saudoso salário de 170 reais, quartinho nos fundos e almoço na cozinha após os patrões se resfolegarem. Antes de tudo, concorde ou não com o que passou, isso era uma relação comercial. Trabalhista não tem como, mas era o combinado.

Pois imagine se de repente a emprescrava começasse a ficar assanhada. E os patrões, completamente passivos. Assim-assim, sem mais nem menos, ela passa a dizer como a casa deve ser organizada, muda a decoração, diz que horas os patrões têm de acordar, pega o orçamento do mês e determina tudo, passa a mandar nos filhos e até faz "Shhhhhh!!!" quando vê televisão. Praticamente uma Berta, do Two And a Half Man, com o agravante de ainda por cima não colocar pra lavar os lençóis espermamente fedidos do Charlie. Pior: de repente, mais que de repente, ela se aumenta mesmo sem aumento do salário do patrão e passa a ganhar mais do que ele!!! Tudo com o patrão só olhando, sem reagir, porque é mais cômodo não fazer nada no dia a dia. Porque, na lógica do Charlie Harper, dá trabalho.

Essa empregada, hoje e sempre, é o padrão dos políticos brasileiros, com suas exceções, e a caminha pronta da democracia puramente representativa, que valida isso de forma sutil, mas incisiva. E o classemediano tradicional pessoa de bem, que chama gente com os mesmos direitos e necessidades cocozistas que ele de povão/mulambo/povinho, mas não se chama assim quando se olha no espelho, é o patrão dessa triste situação. Tudo porque deixou a sua empregada mandar nele. Tudo porque transferiu a ela o exercício do que só cabe a ele. Porque é preciso levantar o traseiro gordo pra exercer. Pior é que nem a falta de tempo serve como justificativa. Não tem tempo pra ver e postar no Facebook e Instragram? Então.

Quem sabe assim os fantasmas do século 20 sejam afastados, e a briga Ronald Reagan x Leonid Brejnev seja percebida como é: completo passado. Porque quem tem que brigar pelos nossos direitos somos nós mesmos, sem deixar de lado os benefícios que a democracia representativa traz e - deixaram de prevalecer - por estar sozinha nessa casa. E isso só pode começar por você.      

11 de março de 2015

Políticos de Nome - 2

Sérgio Cobral. De cobra ou do verbo cobrar, você decide.

O Corleone do Subúrbio (Jorge Picciani).

O Michael Corleone do Subúrbio (Leonardo Picciani).

Cândido Vacarezza foi pro Brejo.

Aloísio Mercadista.

Eduardo Pulha.

Odorico Jr. Ou Cássio Pulha Lima.

Francisco Dor Neles. Ou Sr. Burns do Senado.

Marcello Crivado de Joias.

Rui Facão.

Gilberto Kassado.

Fernando Com Rico é Caridoso.

E, embora não seja um, Armírio Praga.

7 de março de 2015

Políticos de Nome

Quase tão ruim quanto o não-conhecimento, é ele existir sem organização alguma. Por exemplo, o que seria da Revolução Francesa sem os Enciclopedistas? Sem o fabuloso trabalho de Diderot, D´Alembert, Voltaire, Roussea, Montesquieu e cia, as bases conceituais do movimento não se estabeleceriam e nem se juntariam aos contextos que construíram a derrocada do absolutismo aristocrático na França.

Por isso, em outro polo, resolvi reunir uma modalidade deste blog que nunca se configurou de forma categorizada, por ocorrer de forma orgânica e espontânea. São os apelidos de político. Ou seus verdadeiros nomes, pois os originais não traduzem o que eles são. Apelidos que não podem ser do nada. Precisam ter coerência. Para termos um exemplo, faz algum sentido existir o nome Inocêncio de Oliveira? Só pode ser Indecente de Oliveira. Hoje começarei a lista com poucos, mas o motivo é justo. É que dois deles ocupam o lugar de vários...

1 - Aécio Never, Néscio Neves, Aético Neves, Hugh Hefner da Política Nacional, Renato Gaúcho da Política Nacional (depois da plástica), Aécio Sabbá, Aécio Huck e, até agora, Lacerda Hang Loose.

2 - Corlulone ou Lulau.

3 - Eduardo de Paes para filho com empreiteiras, Eduardo de Paes para filho com o mercado imobiliário, Eduardo de Paes para filho com empresas de ônibus, Eduardo de Paes para filho com a Liesa, Eduardo de Paes para filho com o COB, Eduardo de Paes para filho com fornecedores, entre outros. Sempre como filhinho único e querido...

4 - Lindbleargh Farias.

5 - Geraldo Aidimim.

6 - José Ferra.

7 - O Abominável Rodrigo Neves.

8 - Jorge Rouberto Silveira.

9 - Luís Eduardo Mãozão.

10 - Edison Ladrão.