29 de junho de 2011
20 de junho de 2011
Palavras onde faltam ideias - 5
Depois de um bom tempo, voltou. Aliás, nem sei por que parou, pois o que não falta é eufemismo e em todas as áreas. E cada vez mais cretinos...
Classe C – O novo eufemismo de pobre. E assim, uma boa parte dos brasileiros continua levando no C, com mais este embuste criado pelos arautos da modernidade. Aliás, para comprovar o que afirmo, basta ver as reportagens na TV de auto-ajuda em que se mostra como dádiva pessoas sendo empregadas ganhando 800 reais.
Classe D – pobre pra caralho. Só posso diminuir a intensidade do escrito se o parâmetro for baseado nos refugiados do Sudão ou os esfomeados da Etiópia. Porque o mínimo que um ser humano merece é conforto, educação e saúde de alto nível, cidades planejadas e a possibilidade de se preparar profissionalmente, comprando o que precisa através de empregos bem remunerados. É claro, sem cair nos descalabros da pós modernidade, em que viver bem se resume a comprar quilos de sapatos, bolsas e carros de luxo. E morar rodeado de globais, consultores de moda e personals qualquer coisa.
Classe E – refugiados do Sudão ou esfomeados da Etiópia.
País em desenvolvimento – eufemismo de país subdesenvolvido, e o resto é basófia. Não sei se a molecada aprende hoje, mas os bons livros e professores de geografia só consideravam desenvolvido o país que tinha prosperidade econômica e social na mesma proporção. E mesmo assim, quando sua economia não se baseava em exportação de matérias-primas. Que, relembrando um eufemismo já citado aqui, passaram a ser cretinamente chamados de commodities...
Classe C – O novo eufemismo de pobre. E assim, uma boa parte dos brasileiros continua levando no C, com mais este embuste criado pelos arautos da modernidade. Aliás, para comprovar o que afirmo, basta ver as reportagens na TV de auto-ajuda em que se mostra como dádiva pessoas sendo empregadas ganhando 800 reais.
Classe D – pobre pra caralho. Só posso diminuir a intensidade do escrito se o parâmetro for baseado nos refugiados do Sudão ou os esfomeados da Etiópia. Porque o mínimo que um ser humano merece é conforto, educação e saúde de alto nível, cidades planejadas e a possibilidade de se preparar profissionalmente, comprando o que precisa através de empregos bem remunerados. É claro, sem cair nos descalabros da pós modernidade, em que viver bem se resume a comprar quilos de sapatos, bolsas e carros de luxo. E morar rodeado de globais, consultores de moda e personals qualquer coisa.
Classe E – refugiados do Sudão ou esfomeados da Etiópia.
País em desenvolvimento – eufemismo de país subdesenvolvido, e o resto é basófia. Não sei se a molecada aprende hoje, mas os bons livros e professores de geografia só consideravam desenvolvido o país que tinha prosperidade econômica e social na mesma proporção. E mesmo assim, quando sua economia não se baseava em exportação de matérias-primas. Que, relembrando um eufemismo já citado aqui, passaram a ser cretinamente chamados de commodities...
8 de junho de 2011
Sorte na vida
Sinceramente, não sei porque há tantas pessoas em casas lotéricas. Digo isso porque, atualmente, o melhor local para alcançar uma vida realmente mansa são os programas sobre futebol na tevê, na função de comentarista.
Tirando uma meia dúzia de um ou dois, qual deles não faz o papel de narrador de replay? É uma rotina que consiste em assistir a um jogo e outro, falar qualquer merda sem base nenhuma – e com ares de membro da ABL -, ainda por cima ganhando bem. Com tudo isso, os debates viraram um eterno encontro de prováveis perebas do tempo da escola, que se vingam do mundo em disgressões sobre a diferença entre porém, entretanto, todavia e contudo.
Aí, antes de terminar esse texto, parei e pensei: na prática, o que essa postagem pode ter de diferente das outras? É que, nesse caso, não se trata de uma crítica, e sim de uma sincera declaração de inveja. Porque viver numa eterna bocada como essa é um grande privilégio. É como se cada um deles fosse o sortudo ganhador de loteria, que vence com base no acaso. Menos, é claro, o da Esportiva, que pra acertar tem que entender pelo menos um pouquinho de futebol...
Tirando uma meia dúzia de um ou dois, qual deles não faz o papel de narrador de replay? É uma rotina que consiste em assistir a um jogo e outro, falar qualquer merda sem base nenhuma – e com ares de membro da ABL -, ainda por cima ganhando bem. Com tudo isso, os debates viraram um eterno encontro de prováveis perebas do tempo da escola, que se vingam do mundo em disgressões sobre a diferença entre porém, entretanto, todavia e contudo.
Aí, antes de terminar esse texto, parei e pensei: na prática, o que essa postagem pode ter de diferente das outras? É que, nesse caso, não se trata de uma crítica, e sim de uma sincera declaração de inveja. Porque viver numa eterna bocada como essa é um grande privilégio. É como se cada um deles fosse o sortudo ganhador de loteria, que vence com base no acaso. Menos, é claro, o da Esportiva, que pra acertar tem que entender pelo menos um pouquinho de futebol...