Eu sou burguês, mas eu sou artista
Certa vez, estávamos eu e meu amigo Léo Bacelar no Candongueiro, quando reparei que todos, inclusive as patricinhas e os playboys, sabiam todas as letras dos sambas tocados. Só faltava usarem chapéus panamá e vestidos de candomblé.
Naquele momento, virei para o Léo e disse: "- Aposto como todos ficaram em casa decorando as músicas pra chegar aqui e fazer pose de íntimos da velha guarda de alguma coisa." Ele concordou como tudo, enfaticamente.
Pois o samba - para a classe média - há algum tempo é a moda politicamente correta. De repente, quem ouvia dance, axé e popzinhos até a semana passada mudou. E passou, de uma hora pra outra, a ser especialista em samba. Chega a existir uma disputa entre quem vai a mais feijoadas das Tias Nonocas da vida.
Mas tudo bem. Agora Samba é in. É raiz. É quando todos podem dizer "Eu sou burguês, mas eu sou artista".
Naquele momento, virei para o Léo e disse: "- Aposto como todos ficaram em casa decorando as músicas pra chegar aqui e fazer pose de íntimos da velha guarda de alguma coisa." Ele concordou como tudo, enfaticamente.
Pois o samba - para a classe média - há algum tempo é a moda politicamente correta. De repente, quem ouvia dance, axé e popzinhos até a semana passada mudou. E passou, de uma hora pra outra, a ser especialista em samba. Chega a existir uma disputa entre quem vai a mais feijoadas das Tias Nonocas da vida.
Mas tudo bem. Agora Samba é in. É raiz. É quando todos podem dizer "Eu sou burguês, mas eu sou artista".
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