Embora, no fim das contas, todo dinheiro da economia sempre desemboque para os grandes empresário e políticos, é possível enxergar em pequenos exemplos cotidianos o que faz mais sentido para o nosso desenvolvimento social/econômico.
Um dia, passando em frente a uma confeitaria, olhei para o balcão e pensei: comprar essa coxinha de galinha tem um impacto para a população muito maior do que comprar ações da Petrobras.
A lógica é simples. Para vender uma coxinha, é preciso farinha, óleo, frango e temperos. Para esses ingredientes irem até a confeitaria, fornecedores compram caminhões, contratam pessoas. E até chegar ali, movimentou-se toda uma indústria, que começa nos produtores - mesmo que os mega-agropecuários.
Nesse caminho, tudo é voltado para a produção. Uma coisa concreta se transforma em outra. O resutado não é virtual.
E assim, uma coxinha feita de ingredientes entregues no tempo certo, por um bom cozinheiro, conquistará o cliente, que tornará a comprá-las, estebelecendo um ciclo duradouro e consistente de disseminação da riqueza.
As ações da Petrobras? Ah, trazem recursos para financiar a empresa, diriam uns. Mas se as ações das Balas Juquinha dispararem e as da estatal apresentarem queda, todos sabem o que acontece. E mesmo assim, só até o dia seguinte, quando outra oscilação pintar.
É da natureza do negócio fútil, frívolo, descolado de qualquer projeto coletivo. Simples assim.