Os judeus não precisam mais esperar pelo messias. Os fundamentalistas mulçumanos podem parar de se chicotear. Os ateus já perderam a sua razão de viver há uns bons anos. Tudo porque Tony Ramos está aqui, entre nós.
Tony Ramos teria tudo para ser mais um babacaço em rede nacional. É famoso no Brasil todo, ganha muito bem, é excelente no que faz, tem o mundo aos seus pés. Mas ele passa incólume pelas tentações. Qualquer um, incluindo eu, estaria no mínimo igual ao Vágner Love ou a Fernanda Young: perdidinho na vida.
Tony Ramos é muito bem casado com uma mulher de aparência comum, quando poderia circular com gatinhas ipanemenses. É ótimo pai, inclusive.
Poderia, como 99% dos globais fazem, usufruir de bocadas em peças e shows. Só que ele é esse 1% que sobrou. Ele pega fila e ainda paga sem falsificar carteira de estudante, o que o diferencia ainda mais.
Tony Ramos não eleva a voz, não agride fotógrafos, não vai a restaurantes com o intuito de fingir que não quer aparecer. Aliás, Tony Ramos só aparece mesmo em campanhas de solidariedade. Ou para dar entrevistas em que tenta explicar que possui defeitos como todos nós. Só que não convence ninguém.
Enfim... O que me deixa triste é que minha futura filha não se casará com Tony Ramos. Porque, além de tudo, ele deve ser um ótimo papo, sempre pronto a ouvir - com a maior paciência do mundo - as bobajadas que eu e meu primo Rodolfo falamos. E talvez, do alto de sua magnimidade, realmente se divertisse com elas.
Enfim, ele é o Cara. Ou melhor - tenho quase certeza - o filho do Cara...