16 de abril de 2011

Brasileiros e brasileiras

Nasce um otário por minuto. Ouvi esse ditado americano em alguns filmes antigos, quando garoto. Levando-se em conta que mais pessoas nascem hoje do que há 50 anos, imagino que esse ditado deveria ser adaptado para 30 segundos. Ou seja, nasce um otário por meio minuto.

Pois bem. Tomando isso como princípio, quantos segundos levam para nascer um otário no Brasil? Cinco? Três? Um? Pelo comportamento que o brasileiro tem em relação aos preços, deve ser por aí, sem nenhuma autodepreciação. Isto, baseando-se em matérias que vêm pipocando sobre os preços aqui, em relação a países desenvolvidos. Para surpresa geral, todos vêm descobrindo que tudo aqui é muito mais caro, mesmo que os salários sejam bem menores. E ainda que diminuíssem os malfadados impostos, até bala Juquinha continuaria custando os olhos do cu. Porque os da cara estão na Europa.

E isso acontece, sem dúvidas, porque esse é o país dos otários. As pessoas sabem que as coisas são abusivamente caras e compram mesmo assim, como se fosse normal ser roubado. Seja pela ânsia de ser chique, por se sentir especial ou incluído na sociedade, por não se juntarem para protestar, por vários motivos – todos patéticos.

Outro dia ouvi um economista dizer que os preços são uma escolha do consumidor. Se está caro, negocie. Se não há negociação, não compre. Ou faça como os trabalhadores semiescravizados do interior: comprem dez vezes mais caro na venda da fazenda. Só que eles sofrem ameaças de tomar bala de um jagunço se fizerem isso em outro lugar. Com o restante do país, não. Ocorre unicamente porque deixamos e queremos ser assim. Os eternos otários.

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