18 de fevereiro de 2011

Eu sou burguês, mas eu sou sambista - 2011

Eu fico imaginando o trauma de certos artistas globais quando souberam do incêndio da amada Grande Rio. Imagine descobrir que o seu porteiro sempre feliz – mesmo ganhando salário mínimo - está de cama por tifo. Ou aquela catadora de lixo sorridente – apesar de saber que nunca vai ter carteira assinada na vida - se internou com dengue. Ou o simpático flanelinha da esquina - que nunca arranhou o seu carro - teve tétano por conta de um vergalhão de obra. Realmente, a vida desses artistas deve ter mudado.

Foram rios e rios de lágrimas, que inviabilizaram inclusive a visita semanal do personal stylist. Foram noites e noites sem dormir, que resultaram no cancelamento de aparições contratadas em eventos de revistas. Enfim, foi um baque tão grande que trouxe, por segundos, a vontade de estar mais perto da região da Escola, na pitoresca e calorosa Duque de Caxias.

Mas, como é preciso encarar a vida de frente e ver que ela continua, essa vontade passou. E bem rápido, sem dar tempo de chegar sequer na entrada do Rebouças, dando tempo de retornar ao Jardim Botânico, Gávea, Leblon, Ipanema e São Conrado.

E assim, com toda pompa e circunstância, começa mais um carnaval carioca... 

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