7 de janeiro de 2009

Playboy da Lapa

Ed Motta é uma figura lamentável. Diz que não se sente brasileiro, que deveria ter nascido na França, e chama de cafona quem gosta de futebol, feijoada e samba, certamente por achar que todos deveriam ouvir jazz trancados em casa, de preferência lendo "A Idade da Razão" e bebendo vinho de alguma vinícula desconhecida, mas muito boa. Só que, em mais uma entrevista extremamente babaca - a mais recente - ele soltou uma ótima: o playboy da Lapa.

Com roupas aparentemente largadas e barba sem corte, eles fazem a nova tribo moderninha, que posa de anti-consumista só porque faz download das músicas em vez de comprar CDs. Essa é a turma que acha que Seu Jorge é o sucessor do Jorge Benjor, que o Marcelo Camelo pode ser um neo-Chico Buarque, mas menos preso à tradição da música nacional. Ou que acredita no figurino pós-Caetano de Zeca Baleiro.

E, acima de tudo, provavelmente vai falsificar uma carteira de estudante quando se formar, para assistir aos shows de todos eles pagando a mesma quantia de quando não trabalhava. Aí, quem não faz isso paga por eles.

Parece ranzizice, mas é pior do que isso. É ter de dar razão ao tal do Ed Motta.

Detalhe da foto: quando ia terminando a postagem, me lembrei dos malas-mór do universinho lapal: Cordel do Fogo Encantado. Credincruz.

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