11 de setembro de 2013

O grande valor da mulher na nossa sociedade

Uns dizem que vivemos num mundo cada vez pior. Outros, que tudo está ficando mais exposto, e é a partir daí que nos conhecemos de verdade e nos transformamos. O fato é que, em meio ao avanço da sociedade materialista-capitalista, existe a acusação de que a condição do ser humano-cidadão é reduzida à de consumidor. Ou consumido.
 
No caso específico da mulher, isso faz, entre outras coisas, com que elas sejam vistas apenas pelo que têm por fora. É um processo de distorção que não foi suficientemente sanado, ao ponto de a sociedade ainda tratá-las como meros pedaços de carne. Inclusive com suas divisões características: de primeira, segunda, com pouca ou muita gordura, essas coisas.
 
Mas como carne tá pela hora da morte e de mais umas trezentas reencarnações, nem dessa forma elas são tratadas mais. Por isso, ficaram as frutas. E pra completar esse quadro, elas aparecem agora até em novela da Globo. Como a recente Mulher Mangaba, interpretada por Éden Rocche, ops, Ellen Rocche.
 
Ou seja: com esse fenômeno frutológico, acontece o passo seguinte à redução: a deturpação da redução. Reduz-se exponencialmente a mulher, com toda sua complexidade, a apenas uma fruta. Como se elas dessem em árvore. Como se só tivessem uma coisa a oferecer, mesmo elas sendo o centro da sensibilidade humana.
 
É por isso que devemos protestar, não nos acomodar diante desse displante. Por exemplo: olhando bem pra tudo que Éden Rocche, ops, Ellen Rocche é, há de convir que ela não pode ser chamada assim nem na ficção.
 
Olhando bem, é pouco. É muito pouco. Ela é muito mais que uma fruta, seja melão, mamão, jaca, melancia, morango, cupuaçú ou mangaba. Tem que ser mesmo é Mulher Pomar...

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