8 de maio de 2012

Daddy e a decadência da humanidade

Os mais otimistas dizem que o mundo está em constante evolução. Mas mesmo com a sucessão de heróis, profetas e líderes espirituais, o fato é que a massa ignara não aproveita os exemplos como deveria e continua vivendo sem paz de espírito. Uma teoria é que a síndrome do vizinho de Jesus tenha se potencializado ao máximo.

Com a comunicação em massa via internéti, tudo ficou tão próximo que morar no fiofó da África já não diz mais nada. Com duas ou três tecladas, você se sente próximo e ponto final. Isso, acredito, fez com que as pessoas olhem com o desdém citado na bíblia para qualquer um que fale coisas belas, em prol da humanidade. Inclusive pela overdose de mensagens bonitinhas e edificantes que circulam na internet e sufocam qualquer um que não tenha passado por lobotomia.

Baseado nessa triste constatação, mas repleta de exemplos concretos – ou virtuais, se preferir -, sugiro uma mudança de parâmetro sobre as nossa referências. Sugiro que todos se rendam à realidade: o homem é feito peido. Pra deixar de ser podre, só queimando. Mas, pra não dizer que vivemos num mundo sem saída, ela existe sim e se apresenta no programa O Encantador de Cães, que passa na Discovery Channel e no Animal Planet. Nele, você conhecerá a luz. Ou melhor, Daddy, um cão da trupe de Cesar Millán, o adestrador em questão.

Daddy é usado por Cesar para acalmar os casos graves, de cachorros com o capeta no corpo. E ele consegue com a sua gigantesca paz interior, que nenhum monge budista possui. Tive toda essa certeza em específico após me lembrar da chocante cena de uma pancadaria entre eles, no Tibet, anos atrás, transmitida pela tevê. Daddy não cai nessas armadilhas. Daddy está acima de tudo isso, mantendo-se calmo mesmo que o Cérbero esteja ao seu lado, em ataque de fúria. A gangue dos dobermans, nem coceira provocariam em Daddy. Muito menos um reles ser humano, por mais pélassaco que seja. E Daddy, pra tornar o seu exemplo ainda mais relevante, é um pitbull, a malfadada raça a que se atribui toda fúria e maus modos do universo. Acho até que Daddy subverte a crença hindu, pois de acordo com sua evolução, deveria nascer como um kriptoniano bonitão imune à kriptonita.

Experimente descobrir que até um cão demonstra mais equilíbro e desprendimento que nós. Renda-se à insignificância da raça humana e curve-se à grandiosidade de Daddy. E assim, você se tornará um nada um pouco melhor.

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