7 de dezembro de 2009

Eu sou burguês, mas eu sou flamenguista

Tudo bem que O Globo seja mais voltado para as classes A e B. Mas, acima de qualquer coisa, é preciso bom senso e um pouco menos de viadagem.

No seu ótimo suplemento sobre o Hexa do Flamengo, foram colocadas no alto das páginas pequenas declarações de torcedores, famosos ou não, sobre o time. E, inacreditavelmente, estavam lá as geeneteanas Carolina Dieckman e Maria Paula, ao invés de Jorge Ben e Neguinho da Beija-Flor, flamenguistas históricos. Ou, ainda, um faxineiro ou motoboy, representantes típicos da torcida.

Essas duas, só consigo imaginá-las vendo o jogo num telão montado no Celeiro, saboreando saladinhas chiques, ouvindo o hino numa versão do Lenine e, é claro, brindando o título com prosecco. Era mais fácil levar suas camisas pra pintar as listras de verde, branco e grená.

Detalhe da foto: quando Falcão, o comentarista mais elegante do Brasil, disse que o time estava comendo a grama, o povo gente boa achou o máximo do máximo da expressividade popular. Aí, como são burgueses mas são artistas, resolveram fazer o mesmo...

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