29 de agosto de 2009

Boas ações

Sempre parte-se do princípio de que uma boa ação é algo em torno de ajudar velhinha a atravessar rua ou dar telefonema pago pra Criança Esperança. Porém, o conceito de solidariedade pode muito bem ir além disso. Podemos proporcionar felicidade ao próximo sem que aparentemente esssa pessoa esteja em dificuldades.

Hoje, por exemplo. Ao ir para o trabalho, entrei na barca já na leva da metade para o final da multidão. Fui à parte de trás na esperança de achar lugar, pois tava doido pra tirar um cochilo. Avistei os dois únicos vazios, ambos nas segundas cadeiras do corredor para dentro, um à minha esquerda e outro à direita.

Ao me aproximar, olhei para o da esquerda e percebi que o cara da cadeira do corredor olhava fixo para trás de mim, com um ar guerreiramente nervoso, típico de um ninja da chegação. Na hora, do alto dos meus 15 anos de barca, deduzi: havia uma gata ali. No mesmo relance, olhei para o lado direito, e lá tinha um sujeito também, mas candidamente lendo a Bíblia. Não deu outra: ali na hora um espírito solidário baixou em mim e, sem perder tempo, sentei ao lado do rapaz religioso, induzindo a mulher a sentar ao lado do Guerreiro da Guanabara.

O que ganhei com isso? Simples. Na hora, me lembrei de quando era solteiro e fiz ao próximo o que eu gostaria que fizessem comigo. Uma lei universal, aplicada em uma situação não muito usual, mas significativa. Se isso não é uma forma de pensar no próximo, então eu não sei mais o que é.

Detalhe da foto: já passei para a reserva, mas sei que a Baía de Guanabara, embora tenha águas calmas, é passível de guerra. Proporciona pouco tempo para o ataque, mas é.

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