19 de junho de 2008

Técnico de clube e de seleção

Durante a Copa de 2006, o ex-jogador Edílson participou de debates no Sportv. Um dia, quando perguntaram a ele como era ser treinado pelo Felipão, ele vacilou por uns dois segundos e soltou: - Ahhh... é aquilo, né? Todo mundo sabe como joga um time dele. É sempre aquele esquema, só que ali os outros atacantes tinham que correr pelo Ronaldinho, que não tinha condição de voltar pra marcar. Ali, Edílson expôs a falta de criatividade de Felipão.

De fato, nas eliminatórias de 2002 ele foi um desastre. Saiu daqui xingado até por padre. E antes delas, conseguiu fazer tanta merda que a seleção perdeu até de Honduras na Copa América. Mas é aquilo: depois de mais uma Copa ganha por jogadas individuais, a glória sempre vai, em parte, para o treinador. Na festa, todo mundo esquece tudo.

O seu grande talento é lidar com o psicológico. E uma declaração de um jogador português, antes da derrota para a Alemanha, mostra isso: - Felipão nos deu auto-confiança. Convenceu a nós que poderíamos ganhar de seleções como Itália, Alemanha e Brasil.

Liderança e carisma são importantes. Mas ser criativo e dar liberdade ao jogador é fundamental para quem treina uma seleção brasileira. Por isso, prefiro o Luxemburgo, com todos os defeitos da personalidade que ele tem.

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