18 de junho de 2008

Que Japão que nada. É Benin.

Se fosse feito um ranking dos países que mais influenciaram a cultura brasileira, o Japão estaria mal na fita. Bem atrás do Líbano, da Síria, da Itália e Benin. Este último então, é bem capaz de ser o primeiro colocado.

É de Benin que veio uma parte significativa dos escravos. Séculos depois, a cultura dessa região da África Central influenciou e moldou muito do que a população brasileira é. Escrita, fonética, artes, religião, esportes, culinária, tipo físico, etc. O Brasil é um país com bastante da região central da África, essa é a verdade. Em uma proporção menor, os italianos, libaneses e sírios também têm a sua parte.

Mas e o Japão? Quantas palavras da nossa língua são de origem japonesa? Ao percorrer o Brasil, você vê a população comendo sushi? E música? Nos esportes, tirando judô e karatê - em números absolutos pouco praticados -, onde se vê influência nipônica? Rodrigo Tabata?

Ao escrever isso, não quero desprezar. Só lembrar que a influência japonesa se restringe à algumas colônias urbanas e agrícolas - bem fechadas por sinal - e à uma parte da classe média de alguns grandes centros que vão a restaurantes japoneses e têm aulas de Judô e Karatê. Ah, tem o mangá. Mas são lidos por meia dúzia. E desenho de pancadaria, aqueles adolescentes que vestem roupa de heróis... Isso não é cultura, me desculpem. Não influenciam a essência de uma nação.

Diante do tamanho do Brasil, acaba sendo muito pouco. Na verdade, esse estradalhaço todo só acontece por causa do dinheiro que a colônia tem. É isso, sem rodeios.

Se em vez do Japão, fosse Benin que tivesse multinacionais e executivos instalados aqui, não haveria essa festa. Talvez nem tivesse. Seria tudo para Benin.

Detalhe da foto: estudos mostram que Benin também teve sua influência na colônia japonesa.

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