4 de junho de 2008

Libertadores e decadência

Há um bom tempo, eu sempre pegava barca com uma mulher muito bonita. E tão impressionante quanto sua beleza, era o seu ar de difícil, de inatingível.

Pois um dia, numa porta de boate, eu e um amigo a vimos com um cara inacreditavelmente apagado. Feio é restringir. Ele era apagado mesmo, coitado. Sabe o que aconteceu? Ela virou motivo de galhofa para nós dois. E ali mesmo, todo aquele glamour que ela tinha desmoronou. Tudo porque, a partir daquele momento, qualquer um poderia pegá-la.

Pois é exatamente isto o que vem acontecendo com a Libertadores de uma pá de anos pra cá. O Grêmio foi campeão com Paulo Nunes e Jardel. O Cruzeiro, com gol de Elivélton. O Once Caldas, com vários empates. E agora, o Fluminense se classifica para a final com um frango do goleiro do Boca na primeira partida e um gol sem querer na segunda, após levar um tremendo calor no Maracanã.

Libertadores virou isso. Não precisa ter timaço. O atual Boca, como vimos, não é nem de longe. Com meia dúzia de jogadores de razoável pra bom e um planejamento sem muitos detalhes, chega-se lá. Nem técnico precisa ter. Renato Gaúcho taí para provar. Só mesmo o Sr. Ninguém Santana para deixar uma oportunidade como essa passar.

Definitivamente, aquele torneio difícil pra caralho que conheci na infância acabou. Parabéns para o Fluminense. Assim como o cara do segundo parágrafo, ele não tem nada a ver com isso. Tem mais é que aproveitar.

4 Comentários:

Blogger Carlão disse...

Adversários do Flamengo em 1981: Jorge Wilstermann, Cobreloa, Colo-Colo... onde estão hoje? Adversários do Flu: Nacional, São Paulo, Boca... Sinceramente, querer desmerecer essa Libertadores é brincadeira, Sávio. Todo mundo tá gostando de ver os jogos do Flu, estão emocionantes. Flamenguista fala mal e não sai da frente da TV.

7 de junho de 2008 às 12:26  
Blogger SaviooivaS disse...

Libertadores não é fácil. Só que antes dos anos 90 era muito mais difícil. Isso porque os times brasileiros jogavam contra os péssimos gramados, estádios precários, árbitros roubando adoidado, a pouca divulgação pela tevê, o pouco prestígio que a CBF tinha na época, além de times que não sofriam com êxodo de jogadores. O Nacional de hoje, por exemplo, é muito diferente do de 25, 30 atrás.
E sobre o Fluminense, continuo dando os parabéns por ter passado pelo Boca. Com o sufoco que vi pela tevê, deve ter sido muito emocionante mesmo.

9 de junho de 2008 às 21:35  
Anonymous Anônimo disse...

O cara pode pegar até uma mulher linda hoje em dia, mas se já pegou um traveco no passado, vai ser sempre motivo de chacota.

Pra quem é bom tricolor, terceira divisão basta.

10 de junho de 2008 às 10:11  
Anonymous Anônimo disse...

Caso o Frufrunimed ganhe a Libertadores, coisa que ainda não fez, é bom lembrar, merecerá uma festa di-vi-na, com pó-de-arroz, brilhos, purpurinas, sem dúvida. Mas é bom esclarecer, em defesa dos que fizeram história há mais de 25 anos: em 1981, inicialmente, o Deportivo Cali eliminou os argentinos (River e Rosário); o Flamengo, os paraguaios (Cerro e Olimpia); e o Cobreloa, hoje depreciado, e que chegou invicto à final, impulsionado pela ditadura chilena, despachou os peruanos e os uruguaios (Sporting Cristal, Peñarol e Nacional, este o campeão de 1980). Ou seja, cada época teve sua relativa dificuldade, seu regulamento próprio e seus lances de sorte equivalentes. Não cabe comparação, acho.
No mais, tal qual fez a galera do arco-íris, em 1981, é torcer para a tricolada - se f(*), é claro, sem a hipocrisia típica dos portugas e dos vira-latas.
Arriba LDU!

10 de junho de 2008 às 21:11  

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