24 de julho de 2011

O 11 de setembro da América Latina

Uma das maiores tragédias da América Latina reapareceu no noticiário esses dias. E, como sempre, da pior forma.

A morte de Salvador Allende foi confirmada como suicídio, ficando para todos como o último fato que faltava ser esclarecido sobre o golpe de Pinochet e CIA, com direito a trocadilho. Só que a instauração de uma ditadura sempre deixa um péssimo legado, que dura muito mais que o próprio período de exceção.

As ditaduras - sejam de direita ou esquerda - tiram da população a ideia de que o Estado só existe em função dela. De que transparência é o mínimo do mínimo. De que todos deveriam ser co-admnistradores dos municípios, estados e governo federal. De que direitos civis realmente existem. Enfim, das ditaduras não se tira nada de bom, porque elas apagam das pessoas a real noção do que é democracia. E, pior, isso não desaparece de uma década pra outra. Tanto que o Brasil, até hoje, não se deu conta disso.

Por isso, 11 de setembro - dia do golpe militar no Chile - deveria ser lembrado como uma grande tragédia também por esse motivo. Um dia terrível para esse país e toda América Latina, assim como foi 31 de março de 1964, aqui no Brasil.   

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