Júlio Batistadas? Não, Júlio Cesadas

Na década de 80, o então PDT lançou um adesivo para carro no mínimo brilhante: "Brizola tinha razão." Durante a enganação do Plano Cruzado, o falecido governador foi o único a ser ostensivamente contra, mesmo com todos acreditando piamente naquela bazófia. Por isso, foi massacrado, mas depois quem quis admitir viu que ele estava certo. Brizola tinha razão. 

Hoje, tive vontade de fazer um adesivo desse, mas egocentricamente com meu nome, em relação a Júlio César. Desde que virou titular, eu avisava aos amigos: "- Essa cara vai falhar na hora H e vai fuder com o Brasil na Copa." Depois de ter sido até ridicularizado por falar isso, passei a ficar quieto. Deixei, como Collor eternizou, o tempo ser o senhor da razão.

E de onde tirei esse raciocínio? Simples: observação do comportamento. Júlio César é o jogador Ursinho Pimpão, mas ao estilo bobo alegre, que as mães adoram ver nas entrevistas, sonhando em ter um filhinho assinzinho. Só que ser assinzinho não diz nada numa competição onde ganha quem é homem de verdade. E ser assinzinho é o maior passo que se dá à arrogância burra. Sim, porque Romário é arrogante, mas inteligente, malandro.

Júlio César foi chamado de melhor do mundo, e acreditou nisso mais do que todos. Há poucas semanas fez a maior festa antecipada, bancando um mundaréu de gente para cruzar o Atlântico e vê-lo triunfar na final da Champions Leagle. Na Copa, deu entrevistas sorrindo ao falar das grandes chances de ir à final, mesmo sem ainda sequer ter jogado as quartas. E nessa levada, achou ser mais do que é. Porém, falhou feio, provavelmente incensado pela excessiva autoconfiança. E acabou sendo a fagulha que faltava para desestabilizar de vez um time firme feito palha. Antes de Felipe Melo completar a cagada geral e previsível.

Diante disso, termino aqui as postagens sobre a Copa, inclusive aliviando o lado de Júlio Baptista, que nunca foi assinzinho. E sim, unicamente, ruinzão.