30 de junho de 2010

Júlio Batistadas - 12 - filosófica

Sabe por que eu malho tanto vários jornalistas de futebol das TVs? Porque eles são uma das expressões máximas da Razão Instrumental. Cheguei a ler um tico de nada sobre isso, e acabou sendo inevitável chegar a essa conclusão. 

Hoje, há sempre um comentarista CDF, que fala quantas vezes o Brasil jogou com o uniforme azul, e o número de vitórias com ele. Ou que cola-copia da internet e fala pra todos qual o time onde um zagueiro reserva de Gana joga, mesmo que seja da segunda divisão do campeonato turco. E assim, nessa verborragia de dados e estatísticas, o instrumento é elevado ao status de finalidade, alienando de nós o que é mais importante ou mesmo servindo pra disfarçar pilantragens ou incompetências. É um número pelo número. O dado pelo dado. O figurão do conto de Machado de Assis. Exatamente o que é, em essência, a Razão Instrumental e o obscuro objetivo para qual é praticada.

É por isso que, depois de um texto como esse, eu corro pra ouvir a Rádio Globo. Porque eu não quero saber de aula de estatística ou qualquer dessas chatices. Eu quero é ouvir o Gérson, ouvir quem realmente sabe do assunto e, especialmente, obter o que sempre busquei do futebol: diversão.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial