17 de fevereiro de 2010

O metrô e o cobertor de pobre

Estar mais próximo do primeiro mundo não é um ver um sujeito com pinta de Roberto Justus no Fashion Mall, de camisa de abotoar e calça social, num sábado às 4 da tarde. É, sim, ver os serviços públicos chegarem a todos de maneira indistinta, desde o boneco citado a um catador de lixo.

E, definitivamente, não é isso o que os trens subterrâneos do Rio fazem. Eu sempre achei o Metrô - na verdade nome próprio que virou o do serviço, tal qual Xerox e fotocópia - um negócio do caralho. Não tem engarrafamento, é rápido, tem ar refrigerado, não polui por ser elétrico, é bom demais. 

Porém, soube por uma fonte quente que a concessionária, para inaugurar a sua mais recente linha, deu uma de cobertor de pobre. Simplesmente foram retirados vários vagões, um de cada linha já existente, para suprir a nova. Da mesma forma como aconteceria num pelotão do século 19, totalmente isolado no Saara, ao racionar água para todos sobreviverem. Depois dizem que o Rio está deixando de ser pobre e de viver em clima de guerra... 

Detalhe da foto: que ironia. Quem cava são eles, mas que passa por toupeira somos todos nós...

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