9 de fevereiro de 2010

De graça, até injeção na testa e bloco da Preta Gil

Domingo agora, dia 7, saio da areia de Ipanema no Posto 9, junto com Sandra. O pôr do sol se encaminhava. Apesar do calor intenso, tudo foi muito bom, especial mesmo. Mas o que inicialmente pode parecer um tema para letra de Bossa Nova, na verdade foi mais pra Death Metal.

A partir desse momento, vejo uma multidão vindo do Arpoador, e pelo som fica claro que é um bloco. E, para minha surpresa, avisto no carro principal um grande estandarte fixo, redondo, com a foto da Preta Gil. Pelo menos nisso, o formato fez sentido.

O que pra mim não fez sentido algum, foi a quantidade de gente prestigiando essa catarse de vaidade. Na hora falei: "- Cacete, como tem otário nesse mundo. Vir aqui dar moral pra Preta Gil... Canta mas não sabe cantar, atua mas não sabe atuar. É o nada do nada. E ainda sonha em ser Beyoncé. Só se for em quadro do Botero."

Sandra, tentando ter paciência, respondeu: - Mas ninguém está aqui por causa dela. As pessoas vêm porque é música de graça. Não estão nem aí." Respondi: "- Mesmo sendo pra isso? Amor, é a Preta Gil!" E ela completou: "- Sim."

É, o mundo está todo subvertido. E os ditados, expressão ícone da cultura e sabedoria popular, precisam ser adaptados a essa nova realidade...

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