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Nas gramáticas, o artigo "da" traz a ideia de proximidade, especificidade. E "de" cria uma certa distância, que não chega a ser fria. Apenas não tão próxima de quando usamos "da". Porém, o uso deles demonstra, de maneira sutil, um sinal da decadência técnica que ocorre no futebol de anos para cá. Explico.
Quando eu era moleque, existia uma forma de classificar um jogador: se ele era "de" seleção ou não. Uma torcida poderia idolatrar o craque do seu time e até pedir a sua convocação, mas se não fosse realmente "de" seleção, o torcedor saberia disso em seu íntimo.
Normalmente, esse jogador tinha de ser mais completo, ter algo a mais, como se fosse uma aura, um status indescolável. E isso acontecia mesmo que não ele fosse convocado. Dirceu Lopes é um exemplo. Não foi à Copa de 70, mas quem tem coragem de dizer que não foi um jogador "de" seleção?
Hoje, em virtude dessa pobreza técnica franciscana e da supervalorização do treinador, trocou-se o "de" por "da". O jogador é da seleção, e não de. Ele está, não é.
Nessa nova situação, o problema não é saber se o artigo é definido ou não. E sim se vai ser definitivo...
Quando eu era moleque, existia uma forma de classificar um jogador: se ele era "de" seleção ou não. Uma torcida poderia idolatrar o craque do seu time e até pedir a sua convocação, mas se não fosse realmente "de" seleção, o torcedor saberia disso em seu íntimo.
Normalmente, esse jogador tinha de ser mais completo, ter algo a mais, como se fosse uma aura, um status indescolável. E isso acontecia mesmo que não ele fosse convocado. Dirceu Lopes é um exemplo. Não foi à Copa de 70, mas quem tem coragem de dizer que não foi um jogador "de" seleção?
Hoje, em virtude dessa pobreza técnica franciscana e da supervalorização do treinador, trocou-se o "de" por "da". O jogador é da seleção, e não de. Ele está, não é.
Nessa nova situação, o problema não é saber se o artigo é definido ou não. E sim se vai ser definitivo...
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