21 de janeiro de 2008

Era o que faltava: futebol com angústias existenciais

Acredita que em Brasília fundaram um time de futebol chamado Legião, em homenagem ao Legião Urbana? E que em 3 anos de existência ele já está na primeira divisão de lá? E que a torcida desse time se parece com aquelas que usam camisa do Banco do Brasil em jogos de vôlei? Ou seja, é torcida de tudo, menos de futebol.

Futebol é o refúgio de muitas coisas que os homens não podem fazer sem ouvir uma esposa ou namorada enchendo o saco. Quando joga futebol, você fica à vontade para, em pleno gramado ou campo de terra batida, cuspir do fundo do peito e não do coração. Você pode coçar o saco sossegado, xingar à vontade e todo mundo à sua volta vai achar isso normal.

E o principal: um garoto pode jogar futebol se inspirando no Zico, Rondinelli, Charles Guerreiro, Ibson, até mesmo Obina. Só não pode se inspirar em um frágil roqueiro que se indigna melancolicamente com as mazelas do mundo pós-moderno. Imagine a cena: os jogadores entram em campo, mas em volta dele há um jardim florido inspirado no clip "Perfeição". Não rola.

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