25 de maio de 2010

Mamede

Hoje vou falar mal de alguém que todos falam bem: Pedro Simon.

O nobre senador com fama de honesto não tem um bem sequer. O que tinha, doou à filha após a morte da esposa. Pra completar, virou irmão franciscano e fez voto de pobreza. Sim, tudo perfeito. Porém...

Não sei se você percebeu, mas ele divide partido, sem o menor remorso, com Sarney, Renan Calheiros, Eduardo Cunha, Jader Barbalho, Roberto Requião, Michel Temer, Garotinho, Cabral, Edson Lobão, entre outras potenciais vítimas do Ficha Limpa. E de lá não sai, feliz por ter seu espaço sem ser incomodado, como o Seu Madruga sem as visitas do Seu Barriga.

Não sei se você percebeu, mas se não fossem os seus discursos inflamados, ele passaria despercebido. Oratórias brilhantes e espetaculosas, mas sempre em momentos oportunos, como um exímio batedor de cachorro morto, que dá sem ser rotulado como tal. Propostas inovadoras ou incomodadoras, nenhuma. Nada como a recriação do Código de Trânsito, de Darcy Ribeiro. Ou o imposto de renda negativo, de Suplicy. Ou as leis sobre ecologia e sustentabilidade de Marina Silva. 

Tudo isso passa despercebido porque ele é honesto. É o mínimo que virou o máximo. É você ser parabenizado porque não solta pum no elevador, por devolver troco a mais na padaria, por ceder lugar no ônibus para um velhinho. É o típico político Mamede, que dá show, fala bonito, mas na prática não cheira nem fede... 

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